As irmãs Maiara Carla e Carla Maraísa Henrique Pereira nasceram em São José dos Quatro Marcos, no Mato Grosso, no dia 31 de dezembro de 1987. Aos 29 anos, as gêmeas comemoram o sucesso avassalador que atingiram depois de anos atrás do reconhecimento.
O sonho de serem conhecidas pelo talento começou aos cinco anos, quando elas subiram no palco pela primeira vez, mas foi só em 2013 que se lançaram profissionalmente como uma dupla sertaneja.
As músicas compostas por elas já faziam sucesso na voz de artistas como Jorge & Mateus, Henrique & Juliano e Cristiano Araújo, mas foi aos poucos que elas conseguiram ganhar espaço e somente no ano de 2016 conseguiram consolidar a carreira com canções entre as mais tocadas do país como 10% e Medo bobo.
A dupla, que esteve em Florianópolis no dia 28 de dezembro, no Festeja, volta para uma apresentação nesta sexta-feira, 27, em Biguaçu, no Centro de Eventos Petry. Confere a entrevista que a Hora fez com as irmãs Maiara & Maraísa.
Entrevista
Quando e como começou o sonho de montarem uma dupla sertaneja?
Desde muito novinhas. A gente tentou cantar algo mais voltado pro pop, mas o que queríamos mesmo era o sertanejo, e aos poucos fomos lutando pra que desse certo!
Das dificuldades enfrentadas para atingir o sucesso, o fato de serem mulheres foi a barreira mais difícil de ser superada?
Foi sim. Os homens gravavam as nossas músicas e a gente mesmo não conseguia emplacar como dupla, mas eles, sim. Porém aos poucos fomos abrindo espaço e chegamos, começamos mostrando nossas composições.
O que vocês acham do movimento feminista? Procuram se envolver nesse assunto?
Não, a gente não se envolve, porque nossas músicas podem ser cantadas tanto por homens quanto por mulheres. Não somos feministas. Procuramos apenas igualdade.
Quais artistas são referências para a dupla Maiara & Maraísa?
As Galvão são referências para a gente! Roberta Miranda também.
O último ano foi tão especial para as vozes femininas no sertanejo que muitas pessoas até brincam que fica difícil de definir quem é quem. Não são concorrentes, mas aliadas na construção de um caminho até então muito fechado no sertanejo. Vocês acreditam que essa seja a receita desse sucesso?
Sim, é isso mesmo! Você definiu como pensamos. Somos aliadas e juntas vamos nos fortalecendo para que não seja apenas uma moda. A gente quer ficar e ver outras cantoras surgindo.